Folha de S. Paulo


Autoridades comparecem ao velório de filho do governador de São Paulo

O corpo do filho do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), Thomaz Rodrigues Alckmin, foi velado desde a madrugada até as 14h desta sexta-feira (3) no hospital israelita Albert Einstein, na capital paulista. A pedido da família, a cerimônia foi restrita a amigos, parentes e autoridades.

A presidente Dilma Rousseff compareceu à cerimônia por volta das 12h45 junto com os ministros Joaquim Levy (Fazenda), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social). A presidente rezou durante a cerimônia e acompanhou a missa realizada em homenagem ao filho do governador. Dilma ficou pouco mais de vinte minutos no velório e deixou o local sem falar com jornalistas.

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), compareceu ao velório por volta das 11h.

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) chegou na cerimônia pouco antes da presidente da república. "Eu conheci [Thomaz Alckimn] na campanha eleitoral. Ele era simples, discreto e distante do dia a dia político. Ele viveu intensamente até o momento que a vida permitiu".

O senador José Serra (PSDB-SP) e o vice-presidente nacional do PSDB, Alberto Goldman, também compareceram ao velório.

Para o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), é um momento triste para todos. "Nessa hora, supera-se qualquer divergência política. É algo que a gente não gostaria que acontecesse nem para o pior adversário na vida."

O o Ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD) e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) estiveram no velório. O secretário municipal de educação, Gabriel Chalita (PMDB), chegou por volta das 8h.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, foi prestar condolências ao governador. " É extremamente difícil para um pai e para uma mãe enfrentarem a morte de um filho", disse aos jornalistas.

Vários secretários do governo Alckmin também estiveram presentes, como Alexandre de Moraes, da Segurança Pública, o coronel José Roberto Rodrigues de Oliveira, da Casa Militar, e João Carlos Meirelles, da Energia.

O vice-governador, Márcio França (PSB), disse que estão todos muito abalados, mas que a família é muito religiosa e está se apegando nisso para superar a dor. Segundo relatos de presentes no velório, a primeira-dama, Lu Alckmin, manteve um terço na mão durante todo o velório.

Pela manhã, o cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, fez uma oração com a família. A missa de corpo presente foi realizada por Dom Fernando Figueiredo, bispo Diocesano de Santo Amaro. Um rabino e um padre da igreja ortodoxa também estiverem na cerimônia.

O bispo de Igreja Universal, Edir Macedo, foi ao local e não deu declarações à imprensa. O humorista Tom Cavalcanti e o cantor e apresentador Ronnie Von chegaram cedo ao velório. Ronnie Von disse que o governador estava chorando, ainda que contido.

O empresário João Doria Jr contou que a filha de 10 anos de Thomaz, Isabela Trombelli Alckmin, virá da Noruega para acompanhar a cerimônia.

O ex-deputado Walter Feldman lamentou o fato de Thomaz ter deixado duas filhas, uma delas nascida há pouco mais de um mês. O filho do governador tinha 31 anos.

O deputado federal Bruno Covas, ex-secretário de Meio Ambiente no governo Alckmin, lembrou que o seu avô, o ex-governador de São Paulo Mário Covas, perdeu uma de suas filha em 1978. "Meu avô falava dela até a sua morte. Eu posso imaginar a tristeza que é para um pai perder o filho", disse.

Conforme programado, o velório foi encerrado às 14h. Pouco depois, o carro funerário deixou o hospital Albert Einstein para fazer o traslado do corpo até a cidade de Pindamonhangaba (a 156 km de São Paulo), onde Thomaz e o pai nasceram. O enterro será no cemitério municipal. Uma van seguiu o veículo levando amigos e familiares. Dez carros fizeram uma carreata e acompanharam o percurso.


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