Folha de S. Paulo


Vídeo mostra detentos fazendo churrasco em cadeia na Bahia; assista

Após a veiculação de imagens que mostram detentos da Penitenciária Lemos Brito, em Salvador, fazendo churrasco e com regalias dentro da unidade, um vídeo flagra a realização de uma festa numa das celas também regada a pilhas de cervejas e carne.

O vídeo foi enviado na semana passada por uma suposta companheira de um dos presos para o Sinspeb (Sindicato dos Servidores Penitenciários da Bahia).

Na imagem, o churrasqueiro é quem filma a festa. Ele registra a presença de outros detentos na cela, que tem uma cozinha toda montada, com despensa, liquidificador, além de aparelhos como ventiladores e televisão.

Veja vídeo

Procurado, o governo da Bahia informou que o churrasco em questão é o mesmo retratado pela Folha no último dia 2 de março.

Na ocasião, a reportagem mostrou fotos que expõem como os presos gozam de regalias na unidade –que somava 1.315 homens onde caberiam 771. As imagens haviam sido apreendidas por agentes penitenciários em celulares dos detentos.

'ZORRA SOLTA'

Segundo o coordenador-geral do Sinspeb, Geonias dos Santos, o churrasco veiculado no vídeo "é a mais recente demonstração de que por lá a zorra está solta".

Santos disse que os agentes fazem apreensões semanais de objetos na cadeia. Na última segunda-feira (16), foram apreendidos 42 celulares, 28 facas e uma quantidade considerável de drogas.

Um novo vídeo feito neste domingo (22) apresenta dois homens arremessando sacolas por cima do alambrado para o interior do presídio. O complexo fica em uma região de mata e, de acordo com o sindicato, não há pessoal suficiente para fazer a ronda no entorno.

OUTRO LADO

Procurado, o governo Rui Costa (PT) informou que o vídeo mostrando o churrasco foi encontrado em dezembro do ano passado.

"Esse material foi descoberto através da apreensão de celulares encontrados nas celas após a realização da revista, que é uma operação de busca e apreensão de objetos ilícitos dentro da unidade prisional", disse a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado, em nota.

Segundo o governo, os presos envolvidos promovendo a atividade ilícita na unidade sofreram sanções disciplinares através do procedimento interno disciplinar da unidade.


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