Folha de S. Paulo


'Todo ano é essa novela', diz Alckmin sobre greve dos professores

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na manhã deste sábado (14) que não haverá greve dos professores da rede estadual, que decidiram pela paralisação após assembleia realizada na sexta-feira (13).

O tucano chamou de "novela" a decisão da Apeoesp (sindicato dos professores estaduais), que planeja cruzar os braços a partir desta segunda-feira (16) por tempo indeterminado.

"Entendo que não vai haver greve, quero dizer que todos os alunos compareçam [às aulas], que os pais não deixem de mandar seus filhos. Todo ano é essa novela da Apeoesp, ela tenta fazer greve, mas não tem legitimidade", afirmou o governador durante evento em que entregou unidades habitacionais na cidade de Cedral (SP).

Alckmin reforçou o discurso da Secretaria de Estado da Educação ao comparar o reajuste da categoria com a inflação nos últimos anos. "No meu mandato, nos últimos quatro anos, demos 45% de reajuste. Não houve perda de inflação no período, e ainda houve ganho real.

O piso de São Paulo é 26% maior do que o piso nacional", disse. "Claro que os professores merecem mais, e nós estamos programados para sempre ter reajustes superiores à inflação", afirmou.

Segundo a Apeoesp, cerca de 10 mil professores participaram da assembleia realizada nesta sexta-feira, no vão livre do Masp. De acordo com o sindicato, a adesão dos professores à paralisação não deve ser grande num primeiro momento, mas escolas serão visitadas e os professores serão informados sobre as reivindicações e negociações.

A categoria, que tem a data-base em março, reivindica reajuste salarial de 75,33%, o que, segundo o sindicato, visa a equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior -o piso dos professores estaduais é de R$ 2.415,89.


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