Folha de S. Paulo


Escolas de São Paulo ficam sem água e dispensam alunos na volta do recesso

Duas escolas estaduais da zona norte de São Paulo dispensaram alunos mais cedo devido à falta de água nesta segunda (2), na volta às aulas. Outras duas enfrentaram falta de água, mas não liberaram estudantes. Uma chegou a pedir a alunos para controlarem as idas ao banheiro.

Em meio à crise hídrica, a zona norte é a região mais afetada pela redução de pressão na tubulação. A Sabesp diz que adota a medida para economizar.

Na escola Carlos Frederico Werneck Lacerda, em Pirituba, funcionários informaram que os alunos foram dispensados às 9h40 (quase três horas mais cedo) por causa da falta de água. O bairro estaria sem água desde domingo (1º).

Rubens Cavallari/Folhapress
Escola Marly Diva Bonfanti, que liberou alunos mais cedo
Escola Marly Diva Bonfanti, que liberou alunos mais cedo

Na Marly Diva Bonfanti (Cachoeirinha), os alunos foram liberados às 10h porque a água da rua acabou e a caixa-d'água estava em manutenção. Segundo funcionários e pais de alunos, adolescentes teriam tomado banho e urinado na caixa na semana passada. Funcionários disseram que a verba para a manutenção só chegou na sexta (30), e que, após a limpeza do reservatório, os alunos da tarde tiveram aula normal.

A operadora de caixa Francisca Dias de Oliveira, 46, disse ficar preocupada com os filhos, de 7 e 10 anos. "Mandei garrafa de água porque não dá para confiar nessa água."

As escolas Guilherme de Almeida (Cachoeirinha) e Assis J. Ambrósio (Jardim Peri) também enfrentaram falta de água, mas não liberaram alunos. Na Elza Saraiva Monteiro e Dilson Funaro (ambas no Jardim Peri), estudantes foram orientados a trazer garrafa com água e limitar idas ao banheiro.

A secretaria estadual da Educação disse que as escolas que liberaram alunos mais cedo terão que repor as aulas.

Sobre orientações de economia de água dadas a alunos, a secretaria disse que as recomendações partiram dos professores. A Sabesp informou que enviaria uma equipe nesta terça (3) para escolas onde detectou problemas e, se necessário, enviaria caminhões-pipa.


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