Folha de S. Paulo


São Paulo tem em 15 dias metade das quedas de árvores previstas para o ano

O secretário de Coordenação das Subprefeituras de São Paulo, Ricardo Teixeira, afirmou nesta terça-feira (13) que a cidade registrou nos últimos 15 dias metade das quedas de árvores esperadas para todo o ano. Ao todo, foram 1.000 árvores caídas desde o final de dezembro.

"Nos últimos cinco anos, caíram 2.000 árvores em média por ano. Nós usamos as estatísticas para nos planejar e montar as equipes, mas neste ano ocorreu um fenômeno desproporcional que ainda estamos estudando", disse.

De acordo com ele, o principal fator para tantas quedas de árvores são as fortes ventanias que atingiram a cidade desde o fim do ano. "Isso explica parte das quedas porque essas árvores não são velhas. Nossa equipe constatou que 66% delas estavam sadias quando caíram", afirmou.

Teixeira disse que desde o dia 29 de dezembro, quando ocorreu a primeira grande tempestade no município, funcionários de outras subprefeituras estão sendo deslocados para ajudar equipes da zona oeste. Eles fazem longas jornadas de trabalho e participaram de um mutirão no último fim de semana.

A prefeitura contabiliza 670 mil árvores em toda a cidade. Um balanço das subprefeituras aponta que 100 mil delas foram podadas ou removidas.

A chuva de segunda provocou alagamentos, fechou aeroportos e afetou a circulação de trens na cidade. Também foram registrados ventos de até 85 km/h e mais de 8.000 raios, o que provocou a queda de pelo menos 78 árvores de grande porte na cidade.

Apenas na avenida Escola Politécnica (zona oeste), 13 eucaliptos grandes caíram durante as chuvas desta segunda, o que ainda deixava a região sem luz, por volta das 19h30 desta terça. Entre os bairros afetados também estão Brooklin, Campo Belo, Moema, Ibirapuera, Morumbi e Butantã.

Segundo a Eletropaulo, isso fez com que cerca de 800 mil clientes ficassem em luz após o temporal. Na noite desta terça, o problema ainda afetava em torno de 400 mil clientes.

Dos 6.138 cruzamentos com semáforos da capital paulista, cerca de 126 ainda estavam com problemas no horário, de acordo com balanço divulgado pela CET. A companhia informa que a falta de energia nos semáforos é em decorrência da forte chuva desta segunda que ocasionou quedas de árvores na rede elétrica.

A capital paulista voltou a ter pancadas de chuvas no final da tarde desta terça, mas não chegou a provocar estragos como os registrados segunda. O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura, deixou a zona sul e a marginal Pinheiros em estado de atenção para alagamento por cerca de um a hora.


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