Folha de S. Paulo


PM vai cercar manifestantes durante ato contra aumento das tarifas em SP

O comando da Polícia Militar afirmou na manhã desta quarta-feira (7) que fará cordões de policiais para isolar os manifestantes durante protesto contra o aumento das tarifas marcado para sexta (9), no centro de São Paulo.

De acordo com o comandante da operação, major Larry de Almeida Saraiva, a técnica chamada de "envelopamento" é a melhor para manter a segurança do ato. "Dessa forma, garantimos a separação entre a manifestação e as pessoas que passam pela via e temos o controle da ordem pública", afirmou.

Todas as pessoas que passarem pela região de concentração do ato ou entre no isolamento policial durante a passeata serão revistados. Não serão permitidos objetos inflamáveis, combustíveis, armas ou instrumentos que ofereçam risco a outras pessoas.

Saraira afirmou ainda que a PM convidou o Movimento Passe Livre para participar da reunião que definiu as diretrizes do ato, mas o grupo respondeu apenas que responderia o convite "em breve", e não compareceu.

Felipe Souza/Folhapress
Major Larry de Almeida Saraiva disse que a Polícia Militar vai isolar manifestantes em ato contra aumento da tarifa em SP
Major Larry de Almeida Saraiva disse que a PM vai isolar manifestantes em ato contra aumento da tarifa

Para o comandante, a ausência do movimento dificulta a operação policial por não informarem o percurso da manifestação. A ausência de um trajeto definido também foi alvo de reclamações de representantes do Metrô e da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) durante a reunião.

Um superintendente da CET afirmou que a situação só é pior quando os manifestantes decidem seguir por vias na contramão. "Isso dificulta porque temos que avançar muito nossas equipes para fazer os bloqueios e desviar o trânsito", disse.

A Polícia Militar informou que haverá reforço do policiamento nas estações de metrô e outros "pontos sensíveis", que podem ser alvo de depredação. Os policiais vão usar câmeras do monitoramento do Metrô e do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) para auxiliar no monitoramento da operação.

Cerca de 800 policiais da região central e outras áreas da cidade, além de bombeiros e do helicóptero Águia, serão encaminhados para o protesto. O uso de balas de borracha está permitido e "será autorizado caso necessário", segundo o comandante da operação.


Endereço da página:

Links no texto: