Folha de S. Paulo


Diretor de órgão para menores tem nome envolvido em caso de pedofilia

O subdiretor geral do Degase (Departamento Geral de Ações Socioeducativas), Roberto Bassan Peixoto, será exonerado do cargo depois de ter seu nome envolvido em um caso de pedofilia, ocorrido na última sexta-feira, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. O Degase é o órgão do Governo do Estado do Rio onde são internados os menores infratores.

Peixoto foi detido na tarde de sexta-feira, mas não chegou a ser preso. Ele estava no carro de um homem identificado como Sérgio da Silva Oliveira Júnior, que foi preso em flagrante por aliciamento de menor para a prática sexual.

De acordo com informações da Polícia Militar, o pai de uma menina de 13 anos denunciou que um homem estava aliciando sua filha pelo Facebook. Se passando pela a menina, o pai entrou na conta da garota e aceitou se encontrar com o homem e avisou aos agentes do local marcado.

Quando o carro parou e o homem desceu em direção à menina, o pai fez um sinal para os policiais militares que aguardavam em uma viatura próxima. Ainda segundo a polícia, o homem que desceu foi detido e o motorista que permaneceu no carro tentou fugir, mas foi preso mais adiante por outros policiais. Os homens que estavam no carro seriam Sérgio da Silva Oliveira e o subdiretor geral do Degase, Roberto Bassan Peixoto.

De acordo com informações da 19ª DP (Tijuca), onde o caso foi registrado, Sérgio da Silva Oliveira Júnior foi preso em flagrante por aliciamento de menor para a prática sexual. Ele pagou fiança e foi liberado.

Já Peixoto não foi preso. A Polícia Civil informou que "foi instaurado um inquérito para apurar o envolvimento do homem que acompanhava o autor". Segundo informações publicada pelo jornal O Globo, Peixoto teria dito em depoimento que não sabia que estava indo a um encontro com menores de idade. Seu amigo teria lhe dito que eram duas mulheres e não crianças. O delegado titular da 19a DP, então, teria aberto inquérito para apurar sua real participação no caso, decidindo, portanto, por não prendê-lo.

Em nota, o Degase informou que irá proceder com a exoneração imediata do subdiretor geral, o que deve ocorrer com a publicação do Diário Oficial do Estado do Rio, na próxima segunda-feira (5).

A própria instituição, que tem 1.500 menores de idade sob custódia em 16 centros de atendimento no Estado, afirma que Peixoto "teve seu nome envolvido em ocorrência de pedofilia" e que fará uma "averiguação interna para apuração dos fatos".

OUTRO LADO

Até a publicação desta reportagem, a Folha ainda não havia localizado Peixoto para comentar o caso.


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