Folha de S. Paulo


Audiência pública sobre Parque dos Búfalos é interrompida após tumulto

Após tumulto que gerou agressões entre os presentes, a audiência pública sobre a região da represa Billings que a Prefeitura de São Paulo planeja usar para conjuntos habitacionais foi interrompida nessa segunda-feira (15).

Segundo o vereador Gilberto Natalini (PV), apoiador do parque, manifestantes a favor do Parque dos Búfalos foram agredidos por membros do movimento de moradia.

"Bateram na gente e ameaçaram a gente de morte", disse Guilherme Coelho, coordenador da ONG "Minha Sampa". Ele afirmou que os manifestantes entraram em conflito após a fala de um militante pró Parque dos Búfalos ser repudiada.

O advogado do Movimento Ocupação Pilão, Rogério Cruz, negou que os membros do movimento de moradia tenham dado início ao conflito. Segundo ele, os defensores dos conjuntos habitacionais foram impedidos de falar com empurrões, o que gerou o tumulto.

A sessão aconteceu no CEU Alvarenga, no bairro Pedreira. A prefeitura afirmou que "houve desentendimento entre lideranças e ativistas que estavam no local", o que "inviabilizou a continuação da audiência, que precisou ser interrompida pela Secretaria de Habitação".

Um grupo de pessoas defende a criação de um parque na área da represa Billings conhecida como Parque dos Búfalos. Eles alegam que a construção de prédios para moradia popular deverá atingir áreas de nascentes da represa.

A prefeitura pretende construir, com o governo federal e estadual, 3.860 unidades habitacionais pelo programa Minha Casa Minha Vida. O empreendimento deverá beneficiar 14 mil pessoas.

Segundo a prefeitura, a audiência tinha como objetivo explicar o projeto habitacional para a comunidade.

"A secretaria pretende informar aos moradores todos os detalhes do projeto de moradia popular, com as intervenções previstas". Ainda segundo a prefeitura, 70% do terreno será preservado para a implantação de um parque municipal de 550 mil metros quadrados.


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