Folha de S. Paulo


Jovem morre após ser esfaqueado próximo ao parque Ibirapuera

Um rapaz de 19 anos foi assassinado na madrugada deste domingo (16) a facadas próximo ao parque Ibirapuera, na zona sul de São Paulo.

Marcos Vinicius Macedo Souza foi morto pouco depois das 5h, na avenida Pedro Álvares Cabral, perto do portão 3 do parque, ponto de encontro de homossexuais.

Amigos e família da vítima suspeitam que o crime tenha sido motivado por homofobia. "Não foi assalto. Desde que eu o conheço, ele nunca arrumou uma briga. Na minha opinião, Marcos foi morto porque era homossexual", afirmou Bruno Coelho Seloide, 18, amigo de Souza.

Seloide relatou que o amigo havia se separado dele para ir ao banheiro. "Quando o encontrei, estava uma gritaria, ele estava inconsciente", afirmou. "Disseram que um cara saiu correndo ainda limpando a faca suja de sangue."

Com um ferimento no tórax, Souza foi levado ao Hospital São Paulo, onde não resistiu aos ferimentos. O criminoso fugiu. O motivo do crime e o paradeiro do assassino serão investigados no 36º DP (Vila Mariana).

Amigos da vítima, pouco antes do crime, teriam visto um grupo com perfil de skinheads rondando a região.

A mãe de Souza, Luciene Macedo Ribeiro, 42, diz que o filho nunca havia sofrido ameaças. Ele morava com ela na Vila Santa Catarina (zona sul). "Marcos era muito amoroso, educado e nunca arrumou confusão com ninguém."

A morte de Souza preocupou a comunidade LGBT de São Paulo. O nome do rapaz foi citado na lista de pessoas assassinadas em atos de homofobia, durante um protesto realizado na avenida Paulista na tarde de domingo (16).

O ato lembrava os quatro anos de um ataque homofóbico no qual um grupo de pessoas foi agredido com lâmpadas fluorescentes na Paulista.

"É triste isso acontecer pouco tempo após agressão homofóbica no metrô", disse o ativista da causa LGBT Agripino Magalhães, 33, em referência à agressão a dois rapazes na linha 1-azul, no dia 9.


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