Folha de S. Paulo


Praias do Rio têm furto e insegurança, mesmo com reforço no policiamento

Mesmo com o reforço de mais de 700 policiais militares na orla do Rio de Janeiro, cariocas e turistas enfrentaram momentos de tensão nas praias da zona sul da cidade neste domingo de sol forte e calor. Houve correria, assaltos e brigas.

Vários suspeitos foram detidos e encaminhados para a 12ª DP (Copacabana). De acordo com policiais militares que realizaram o patrulhamento na orla, alguns grupos de menores corriam entre as barracas assustando os banhistas.

Ainda segundo os PMs, com alguns suspeitos foram encontrados celulares e carteiras, possivelmente fruto de roubos.

Felipe de Oliveira
Grupo suspeito de praticar furtos em Copacabana, incluindo menores, é levado para delegacia do bairro
Grupo suspeito de praticar furtos em Copacabana, incluindo menores, é levado para delegacia do bairro

De acordo com a engenheira Maria Clara Vieira, 26, mesmo estando sob um forte aparato de segurança, a região do Arpoador, na zona sul da cidade, era uma das mais tensas nesta tarde de domingo.

"Duas amigas minhas já foram assaltadas aqui. Toda hora alguém começa a correr e pensamos que é arrastão. Nunca vi tantos policiais aqui, realmente foi reforçado o patrulhamento, mas mesmo assim ainda é muita gente na praia. Estou indo embora porque estou com medo de ser roubada."

Além de policiais militares à paisana e fardados, dois caminhões do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram posicionados em pontos estratégicos da região. Motocicletas e carros da PM também foram usados no patrulhamento da área.

Já na avenida Barata Ribeiro, uma das principais de Copacabana, um grupo de 12 pessoas foi detido e encaminhado para a delegacia do bairro. Segundo agentes da PM, o grupo, que incluía menores de idade, tinha em seu poder vários celulares e pertences furtados.

Marcelo Pires Pereira, que é especialista segurança, foi uma das vítimas de assalto na região. Ele chegou a ser atacado com uma faca ao entrar em luta corporal com o assaltante.

"Estava andando quando um cara saiu correndo de um ônibus, puxou meu celular e voltou para o coletivo. Fui atrás e outros dois vieram me agredir; na briga, um deles puxou uma faca e acertou minha cabeça, corri e por pouco algo de pior não acontece."

De acordo com o delegado adjunto da 12ª DP, Eduardo Miranda, pelo menos 30 pessoas estavam sendo interrogadas sob suspeita de terem praticado furtos no bairro, e os menores eram maioria.

Ele afirmou ainda que a delegacia está tentando contato com os responsáveis antes de encaminhá-los à DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente).


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