O novo modelo de bônus da Sabesp para quem economizar água passa a valer a partir deste sábado.
A partir de agora, quem conseguir redução entre 10% e 14,9% terá 10% de desconto na conta. Já os consumidores que diminuírem o consumo a partir de 15% e menos de 20% terão uma redução de 20% na conta.
O novo desconto chegará nas contas de dezembro.
Os consumidores que conseguirem economizar a partir de 20% continuarão tendo 30% de desconto.
O bônus valerá para as regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas, além da região bragantina.
O objetivo do novo modelo de bônus é motivar quem não tem conseguido atingir a meta atual (20%) a continuar economizando.
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Sem adotar o rodízio no abastecimento ao longo da crise, o bônus é uma das principais medidas do governo para a redução do consumo de água na crise.
Em setembro, 26% dos usuários reduziram o consumo, mas não chegaram ao patamar exigido. Outros 49% conseguiram o bônus e 25% gastaram mais água.
O índice de adesão em setembro ao programa de economia (pessoas que atingiram o bônus e as que conseguiram reduzir o consumo em menos de 20%) foi de 75%.
O percentual é o segundo menor desde o início do programa, em março, perdendo só para julho (74%), quando a Copa do Mundo impulsionou o consumo. Em maio, a adesão chegou a 90%.
A Sabesp tem um rombo financeiro de R$ 1,3 bilhão, em decorrência da implantação do bônus em março deste ano. Devido a isso governo estadual estuda repassar parte do prejuízo ao consumidor, com um possível aumento da tarifa acima da inflação.
O programa de bônus deve ser mantido até o fim do próximo ano.
FUTURO
Com a estiagem que atinge o Estado, os principais mananciais que abastecem a região metropolitana devem chegar em estado crítico no ano que vem.
O sistema Cantareira, que nesta sexta operava com 12,4% (já contabilizando os 10,7 pontos percentuais da segunda cota do volume morto), pode se esgotar em março se não chover.
O Alto Tietê tinha com 6,6 % também na sexta-feira e pode acabar em dezembro.
O sistema Guarapiranga, terceiro menor, também está ameaçado. O manancial perdeu 12,2 pontos percentuais só em outubro.
Em caso de a estiagem prosseguir no período chuvoso, o sistema poderia se esgotar em meados de fevereiro.
O governo paulista garante que não vai adotar rodízio e conta com as chuvas para reverter a situação.
As principais obras que aumentariam a disponibilidade de água para a região metropolitana só devem ficar prontas a partir de 2016. Após o assunto virar tema das eleições presidenciais, os governos paulista e federal falam agora em parceria para resolver a crise que vem afetando o Estado. O governo estadual já fala na retirada da terceira cota do volume morto.