Folha de S. Paulo


Cantareira bate novo recorde e opera com 6,4% de sua capacidade

O sistema Cantareira bateu mais um recorde negativo nesta sexta-feira (3). De acordo com informações da Sabesp, o reservatório opera com apenas 6,4% de sua capacidade. A situação é a mais crítica da história, segundo levantamento com bases nos dados da Sabesp.

Para se ter uma ideia, no ano passado o volume armazenado era de 40%.

O governador e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), garante que não haverá racionamento de água em 2015, mesmo que volte a chover menos do que a média histórica.

Em entrevista à Folha, o tucano afirmou que a gestão estadual tem condições de enfrentar um novo período de seca sem a necessidade de limitar o consumo de água.

Para especialistas, para reverter o estado crítico de estiagem no Cantareira, que abastece quase 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo, serão necessários meses de chuvas constantes na região nas represas.

Caso não chova sobre o reservatório, a água disponível no sistema vai acabar em 21 de novembro, segundo previsão do próprio governo.

O governo negocia com a ANA (Agência Nacional de Águas) autorização para retirar uma segunda cota de "volume morto" -reserva abaixo do ponto de captação-, que faria o nível subir 10,7 pontos percentuais.

Em maio, o uso da primeira parte da reserva elevou o sistema de 8,2% para 26,7%.


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