Uma manifestação contra a falta de água acabou em quebra-quebra na tarde desta segunda-feira (22) no centro de Itu (a 102 km de São Paulo).
O protesto foi marcado para as 14h, em frente à Câmara Municipal, onde havia uma sessão agendada no horário. A sessão foi suspensa. Parte dos manifestantes invadiu a Câmara, e os 13 vereadores se refugiaram na sala da Presidência.
Os funcionários concursados deixaram o local antes da invasão, por volta das 17h.
| Rafael Paco/Jornal Taperá | ||
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| Tropa de Choque é acionada durante protesto contra a falta de água na cidade de Itu, no interior de SP |
Manifestantes jogaram ovos na fachada da Casa e quebraram praticamente todos os vidros com pedras. Dois vereadores foram atingidos por ovos, entre eles o presidente da Câmara, Doutor Bastos (PSD). Um segurança foi agredido durante a invasão.
A tropa de choque foi acionada e houve confronto. Os policiais usaram bombas de efeito moral para dispersar a multidão. Sete pessoas foram detidas, sendo dois menores de idade. Um portão lateral foi arrancado.
Segundo estimativa da Câmara, cerca de 2.000 pessoas participaram do ato. Um comitê eleitoral de dois políticos da região também foi depredado e os lojistas do comércio da região central fecharam as portas temendo mais confusão.
Dois carros da Guarda Civil Municipal fazem a segurança da Câmara nesta noite.
A concessionária de água do município, Águas de Itu, adquirida recentemente pela Águas do Brasil, informou em nota que, além da captação de água de poços e represas particulares, compra e injeta 3 milhões de litros de água por dia no sistema e ampliou o número de caminhões-pipa.
Disse ainda que está construindo uma nova adutora, cujas obras devem ser concluídas em janeiro de 2015, "o que vai resolver o abastecimento da cidade".
A reportagem não conseguiu contato com a Prefeitura de Itu. A cidade tem em torno de 165 mil habitantes, segundo o IBGE.
RACIONAMENTO
Há sete meses em racionamento, Itu vem tomando medidas extremas para lidar com a falta de chuva. Além de o abastecimento ter sido limitado a 10 horas a cada dois dias, o município resolveu vetar novos empreendimentos imobiliários para impedir o aumento do consumo.