Folha de S. Paulo


Nível do sistema Cantareira volta a cair e atinge marca de 9,4%

O nível do sistema Cantareira voltou a cair neste sábado (13). De acordo com o balanço divulgado pela Sabesp, o principal manancial de abastecimento da Grande São Paulo opera com 9,4% de sua capacidade.

Segundo os boletins meteorológicos do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), até novembro, há pouca chance de chover forte sobre as represas.

Na quarta-feira (10), o nível do manancial marcou, pela primeira vez desde que o "volume morto" começou a ser usado, nível abaixo dos 10%. O bombeamento da reserva técnica começou a ser feito no dia 15 de maio e deu uma sobrevida para as represas do Cantareira.

A Sabesp está fazendo mais obras para retirar uma segunda cota do "volume morto", de 110 bilhões de litros. A estatal não informa o custo dessas obras nem a data em que iniciaria o novo bombeamento. Diz apenas que a segunda cota será usada "se houver necessidade".

Enquanto isso, o nível do sistema baixa 0,1 ou 0,2 ponto percentual por dia.

Ao longo da crise, a Sabesp diminuiu em mais de 10 mil litros por segundo a retirada de água do Cantareira, conforme dados da ANA.

Em parte, a redução foi por economia de água: seja pela queda no consumo (estimulada por bônus na conta), seja pela restrição no fornecimento à noite (pela redução na pressão da rede) –medida que coincide com uma onda de queixas de falta de água.

Por outro lado, a menor retirada foi compensada pelo remanejamento de água entre sistemas, como Guarapiranga e Alto Tietê. Juntos, os dois já assumiram ao menos 2 milhões dos 8,8 milhões de usuários do Cantareira.

O sistema Alto Tietê também vem diminuindo sua capacidade plena com a falta de chuvas na região do reservatório. Neste sábado, o nível de volume armazenado atingiu 13,9%.


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