Folha de S. Paulo


Obras de moradia popular em favela incendiada começarão em 3 meses

As obras para a construção de moradias populares no terreno onde fica a favela do Piolho, na região do Campo Belo, na zona sul de São Paulo devem começar dentro de três meses.

A favela foi atingida por um incêndio no último domingo. De acordo com a Defesa Civil, no total 500 famílias ficaram desabrigadas. Elas terão prioridade na aquisição da moradia.

O terreno tem custo de desapropriação de R$ 6 milhões e a construção de casas populares no espaço faz parte da Operação Urbana Águas Espraiadas.

Em visita ao local, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que as pessoas que moram na favela do Piolho têm duas opções: receber um bolsa-aluguel, no valor de R$ 400 até a entrega da unidade habitacional, ou permanecer no terreno desde que a construção das moradias improvisadas seja feita de maneira ordenada.

"Se estabelecermos um planejamento de maneira que o reassentamento seja feito de acordo com procedimentos de segurança indicados por engenheiros não vamos ter os problemas que as comunidades vivem hoje, que é o risco iminente de novos incêndios", disse Haddad.

De acordo com o secretário de Habitação, José Floriano, a área da favela do Piolho tem cerca de 7.800 m2 e deverá ser dividida em quatro áreas.

"Como o terreno é grande vamos fazer um planejamento de construção seguindo a seguinte forma: fazemos o primeiro módulo e as pessoas ficam reassentadas em um lugar, construímos o segundo módulo e as pessoas ocupam outro espaço dentro do terreno. De maneira que não atrapalhe o andamento da obra", disse.

Segundo Floriano, o empreendimento deverá ficar pronto dentro de dois anos.


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