Folha de S. Paulo


Assassino de Glauco será indiciado sob suspeita de latrocínio em Goiás

Assassino confesso do cartunista Glauco, Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, 28, o Cadu, será indiciado por dois novos crimes cometidos do mês passado em Goiânia (GO), segundo a Polícia Civil, que concluiu os inquéritos nesta quarta-feira (10).

Cadu será indiciado sob suspeita de latrocínio no caso do assassinato do estudante Matheus Pinheiro de Morais, 21, que teve ainda seu carro roubado no dia 31 de agosto; e tentativa de latrocínio registrado três dias antes.

Na ocasião, o agente penitenciário Marcos Vinícius Lemes da Abadia, 46, teve seu carro roubado, foi baleado na cabeça e está internado em estado grave. Por este crime, Cadu responderá também por porte ilegal de arma de fogo.

Com a conclusão do inquérito, o Ministério Público deve encaminhar uma denúncia à Justiça. Se Cadu for citado, sua defesa deve se manifestar e haverá uma audiência, depois da qual a Justiça poderá solicitar exames e laudos médicos para avaliar se Cadu continua inimputável.

Divulgação
Cadu, assassino confesso do cartunista Glauco, foi preso por suspeita de latrocínio pela polícia de GO
Cadu, assassino confesso do cartunista Glauco, foi preso por suspeita de latrocínio pela polícia de GO

A PRISÃO

Cadu foi detido em flagrante no dia 1º de setembro ao lado de Ricardo Pimenta Andrade Junior, que dirigia outro veículo roubado.

Os carros conduzidos por Cadu e Andrade eram das duas vítimas de latrocínio e tentativa de latrocínio. O assassino confesso de Glauco está preso no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia (a 16 km de Goiânia).

Segundo a Polícia Civil, Andrade será indiciado sob suspeita de receptação dos carros roubados. De acordo com o delegado Thiago Damasceno Ribeiro, não há como vinculá-lo diretamente ao latrocínio e à tentativa de latrocínio.

O CASO

Cadu confessou que matou o cartunista Glauco Vilas Boas e o filho dele Raoni Vilas Boas em 2010, mas foi considerado inimputável por ser esquizofrênico, segundo a Justiça. Ficou internado em São Paulo e foi transferido para uma clínica de Goiânia, em 2012, para ficar próximo do pai.

Em 2013, a juíza Telma Aparecida Alves autorizou que seguisse o tratamento em liberdade, com base em parecer favorável de uma junta médica do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e do Paili (Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator).


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