Folha de S. Paulo


TAM gastou demais em enterros de vítimas de acidente, diz Airbus

A Airbus criticou o que considerou excesso de despesas da TAM com os enterros das vítimas do acidente aéreo de 2007.

Em ação a que a Folha teve acesso, a fabricante europeia condena gasto da TAM com bandeira de time de futebol, no enterro de um dos passageiros do desastre.

Na ocasião, um A320 da companhia aérea não conseguiu parar a tempo na pista do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo; a aeronave atravessou a avenida Washington Luís e explodiu ao bater em um posto de combustível e em um prédio da TAM Expresso. Foram 199 mortes, no pior desastre com uma empresa aérea brasileira.

"As despesas com funerais, embora em princípio passíveis de ressarcimento, devem ser vistas igualmente com parcimônia. Houve vários excessos e liberalidades que a Airbus não pode ser obrigada a ressarcir", diz a Airbus, em ação a que responde na Justiça de São Paulo, movida pelo Itaú, segurador da TAM no acidente.

O Itaú quer reaver o que gastou com as indenizações.

"Por exemplo, o custeio de nove coroas de flores para uma mesma vítima; pagamento de bandeira de time de futebol; serviços de buffet e catering nos velórios", diz trecho da defesa da Airbus. Há crítica também às despesas com urnas funerárias.

Editoria de Arte/Folhapress

Segundo a Airbus, a TAM custeou indiscriminadamente os familiares das vítimas, por "mera liberalidade, como estratégia de imagem ou por descalabro gerencial".

Nesta segunda-feira, a Folha revelou que a Airbus disse à Justiça que TAM, pilotos e o aeroporto de Congonhas são responsáveis pela tragédia de 2007.

A TAM e a Airbus não quiseram se manifestar.


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