Folha de S. Paulo


Protesto fecha acessos à Unicamp e trava rodovia D. Pedro 1º

Sabine Righetti/Folhapress
Marginal da rodovia Dom Pedro 1º travada por conta de protesto de grevistas na Unicamp
Marginal da rodovia Dom Pedro 1º travada por conta de protesto de grevistas na Unicamp

Cerca de 150 servidores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) fecharam quatro das seis portarias da universidade na manhã desta segunda-feira (1º), causando congestionamento e lentidão inclusive nas pistas marginais da rodovia D. Pedro 1º (SP-065).

A estrada, que liga Campinas a Jacareí, é uma das principais do Estado que cortam a cidade. Em seu trecho urbano, a SP-065 separa a região central de Campinas (93 km de São Paulo) do distrito de Barão Geraldo, onde fica a universidade.

Os funcionários protestam das 7h40 às 11h40 contra a proposta das três universidades estaduais paulistas (USP, Unesp e Unicamp) de não conceder reajuste salarial a servidores e professores em 2014, e marcaram o ato de hoje devido ao início do segundo semestre letivo.

Os trabalhadores estão há mais de três meses parados, no que já é a maior greve da história da Unicamp. Os professores suspenderam o movimento há um mês, após a reitoria da universidade oferecer 21% de abono sobre o salário de julho.

O mesmo benefício foi oferecido aos servidores, que rejeitaram a proposta.

É o quinto "trancaço" que o STU (Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp) realiza desde o início da greve. Os atos são sempre realizados no horário de pico do trânsito matinal e causam reflexo até na rodovia D. Pedro 1º.

Nesta segunda, o reflexo na rodovia começou às 8h e durou até as 10h30, segundo a concessionária Rota das Bandeiras, que administra a D. Pedro 1º. O pico foi às 8h30, quando foram registrados 3 km de congestionamento nas marginais, tanto no sentido Anhanguera quanto no sentido Jacareí.

O trânsito fez com que a Polícia Militar Rodoviária fechasse as alças de acesso da D. Pedro 1º à avenida Guilherme Campos, uma das principais entradas da Unicamp, por cerca de uma hora.

No último "trancaço", em 4 de agosto, o congestionamento chegou a 3 km e a reitoria disse que tomaria "medidas jurídicas cabíveis", sem especificar quais.

Com 1,15 milhão de habitantes, Campinas é uma cidade cortada pelas principais rodovias de São Paulo –Anhanguera, Bandeirantes e D. Pedro 1º, entre outras–, e motoristas de toda a região as utilizam em seus deslocamentos diários.

Procurada, a reitoria da universidade não se manifestou até o momento.


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