Folha de S. Paulo


Monotrilho é confortável, mas quem tem medo de altura vai sofrer

Apesar da abertura oficial ser somente neste sábado (30), percorremos, ao lado de técnicos do metrô, o trecho entre as estações Oratório e Vila Prudente na manhã desta sexta-feira (29).

A viagem durou pouco mais de quatro minutos e foi acompanhada de uma trepidação num grau que não é possível sentir no metrô convencional. Foi como se o trem estivesse em uma das ruas esburacadas da cidade.

Os técnicos explicaram que esses pequenos solavancos poderão ser compensados quando os vagões estiverem cheios de passageiros.

Na saída das estações há também um tranco.

Na curta viagem, o trem atingiu velocidade de 44 km/h e a sensação de não ter um "maquinista" e poder viajar logo no primeiro vagão vendo todo o trajeto suspenso é bem interessante.

Há bem menos cadeiras do que numa composição do metrô e em alguns locais senti falta de apoios para as mãos.

O mais curioso da viagem, sem dúvida, foi a sensação de poder ver através das grandes janelas a avenida Luiz Ignácio de Anhaia Mello literalmente aos meus pés.

Aqueles que têm medo de altura vão sofrer com a distância de 15 metros do trem até o chão.

Fora isso, o ar-condicionado, as informações dos alto-falantes e o conforto são os pontos fortes do trenzinho.

As estações seguem um modelo parecido com as da linha 4-amarela e contam com escadas rolantes inteligentes que economizam energia, elevadores e portas de vidro que separam o trem da plataforma para garantir a segurança dos usuários.

Editoria de Arte/Folhapress

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