Folha de S. Paulo


Protestos por melhoria na saúde afetam trânsito no centro de São Paulo

Protestos para pedir melhorias na saúde pública prejudicaram o trânsito da cidade na tarde desta quarta-feira (27).

Agentes de saúde de São Paulo que reivindicam aumento de salário e valorização da carreira fizeram uma passeata pela avenida Paulista e Brigadeiro Luís Antônio. Segundo a Polícia Militar, o ato reuniu em torno de 2.000 pessoas e foi encerrado por volta das 15h30.

Além dos agentes, integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) fizeram quatro protestos simultâneos na capital e na Grande São Paulo.

O protesto, segundo o MTST, era contra a falta de acesso à saúde pública dos moradores das regiões periféricas. A manifestação também conta com a participação dos movimentos sociais Periferia Ativa e Fórum Popular de Saúde.

Na capital, o grupo se concentrou na praça da República (no centro) e em frente ao Hospital das Clínicas, na avenida Doutor Arnaldo. De lá o grupo seguiu, respectivamente, para as secretarias municipal e estadual de Saúde.

Cerca de 300 moradores das ocupações Faixa de Gaza, na zona oeste, e Nova Palestina, na zona sul de SP, e funcionários e estudantes da USP estavam no protesto na secretaria estadual.

"A saúde é uma pauta da periferia há muito tempo. A gente enfrenta filas todos os dias. Filas para exames e especialidades é interminável", diz Jussara Basso, 39, coordenadora do MTST.

O protesto também aconteceu em Embu das Artes e Taboão da Serra. Os manifestantes exigiram que o SUS (Sistema Único de Saúde) seja de qualidade e gratuito para todos e o fim da privatização dos serviços de saúde, que inclui unidade sendo administradas por organizações sociais, as chamadas OSs.

Manifestantes pediram uma fiscalização mais rígida das OSs, que administram hospitais e postos de saúde, e a construção de um novo hospital estadual em Embu das Artes e Taboão da Serra. Os manifestantes também pediram a reforma e ampliação do hospital do Campo Limpo, na zona sul.

O grupo também quer a ampliação dos serviços de especialidades e redução do tempo de espera para marcação de consultas com especialistas. Na pauta dos manifestantes também estava pedir a não desvinculação do Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo).


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