Folha de S. Paulo


Alckmin diz que não está preocupado com 'CPI da Sabesp'

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (7) que não está preocupado com a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara Municipal para apurar a atuação da Sabesp na capital paulista.

O candidato à reeleição ressaltou, no entanto, que espera que não tenha "motivação eleitoreira" a iniciativa criada para apurar a responsabilidade da empresa na atual crise de desabastecimento do Sistema Cantareira.

"Eu espero que não seja uma motivação eleitoreira. A minha preocupação não é com a CPI da Câmara (Municipal). A minha preocupação é com a população e nós estamos trabalhando firmemente para garantir o abastecimento de água da população", afirmou.

A CPI da Sabesp foi instaurada nesta quarta-feira (6) com o apoio da base aliada do prefeito Fernando Haddad (PT). Ela terá duração de 120 dias, coincidindo com o período eleitoral. O autor do requerimento é o vereador Laércio Benko (PHS), também candidato a governador.

O tucano participou nesta quinta-feira (7) de evento de formatura do novo efetivo policial que participa da (Dejem) Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar. O programa, que conta com a participação de 2 mil policiais, passará a ter 3 mil.

No evento, o governador afirmou que será aprofundada a investigação sobre o envolvimento de quatro policiais na morte de dois pichadores em um prédio na Mooca, na semana passada.

De acordo com ele, se for comprovada a participação dos oficiais no crime, a "tolerância será zero".

"A Corregedoria da Polícia Militar percebeu que os argumentos dos policiais não estava consistente. Então, a investigação será aprofundada e eles já foram recolhidos. A tolerância é zero, não há nenhum tipo de tolerância para quem não cumpre a lei e não dá exemplo", disse.

Os policiais militares, que estão presos na Corregedoria da Polícia Militar, já tinham histórico de mortes em sua atuação, mas nenhum caso anterior foi considerado irregular.

De acordo com o secretário Fernando Grella Vieira (Segurança Pública), que também participou do evento, eles provavelmente não foram detidos antes porque não foram obtidos elementos que justificassem uma prisão.

"Provavelmente, nas outras investigações, não foram colhidos elementos que justificassem uma medida mais conclusiva. Neste caso, a própria Corregedoria da Polícia Militar constatou inconsistência na versão deles com o local do fato. As coisas não se encaixavam", afirmou.


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