Folha de S. Paulo


Nasce no zoo de BH o primeiro filhote de gorila da América do Sul

Nasceu na madrugada desta terça-feira (5), no zoológico de Belo Horizonte, o primeiro filhote de gorila da América do Sul, segundo a Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte. A gorila Lou Lou e seu filhote passam bem.

Ainda não se sabe o sexo do animal, que ainda não foi "batizado". Isso porque, segundo o diretor do zoológico, Gladstone Corrêa, nos primeiros meses de vida o filhote fica agarrado ao ventre da mãe, o que torna mais difícil a identificação.

Lou Lou e o filhote vão continuar convivendo no mesmo ambiente com Leon, pai do gorila, e a gorila Imbi, que está grávida de Leon.

Entretanto, a tendência, segundo os especialistas, é que a gorila mãe se isole com seu filhote em busca de locais onde possa se sentir mais segura, como as áreas de manobra e o bambuzal.

Por causa disso, a visão do público será prejudicada. O zoológico pede "paciência" aos visitantes que desejam ver o filhote de gorila.

"Os visitantes podem contribuir para que esse processo transcorra o mais naturalmente possível, tendo paciência, evitando fazer barulho na área e seguindo as orientações dadas pela instituição", diz um comunicado da fundação.

Suziane Fonseca/Divulgação/Portal PBH
O primeiro filhote de gorila da América do Sul nasceu no zoológico de Belo Horizonte
O primeiro filhote de gorila da América do Sul nasceu no zoológico de Belo Horizonte

FAMÍLIA GORILA

A família de Leon, o gorila macho, vai aumentar até o fim de outubro, quando Imbi deverá parir o seu filhote. A gestação das gorilas dura nove meses, assim como a dos humanos.

No zoológico de Belo Horizonte, o espaço dos gorilas de planície foi habitado durante muitos anos apenas por Idi Amin, o animal mais famoso do zoo. Ele foi apelidado de "Grandão" pelas tratadoras.

Idi chegou a BH em 1975 e, por mais de 30 anos, viveu sozinho no seu ambiente no zoo, onde gostava de rolar um pneu.

Ele veio da França com dois anos de idade, acompanhado de uma fêmea. Dadá, contudo, morreu três anos depois. O zoológico teve dificuldade para conseguir outra fêmea para viver com o gorila.

Em setembro de 2011, ainda virgem, Idi finalmente ganhou duas companheiras, Imbi e Kifta, vindas da Inglaterra. Mas o animal morreu seis meses depois, aos 38 anos de idade, de parada cardiorrespiratória.

Um ano depois, em março de 2013, Kifta adoeceu e também morreu. Imbi passou a viver sozinha no recinto.

O período de solidão durou sete meses. Em outubro do ano passado, chegaram ao zoo de BH, vindos de zoológicos da Europa, Lou Lou, então com nove anos, e Leon, com 15. O grupo foi formado para dar continuidade à espécie dos gorilas da planície, que está em extinção.

O empréstimo dos animais se deu após recomendação da European Association of Zoos and Aquaria (associação europeia de zoos e aquários), envolvida com outras organizações interessadas na conservação da espécie Gorilla gorilla gorilla.

Nos últimos dias, biólogos dos Estados Unidos e da Inglaterra acompanharam à distância a gestação da fêmea.

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