Três policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) do Rio são investigados sob suspeita de matar com tiros de fuzil à queima roupa um homem no morro do Banco, no Itanhangá, zona oeste carioca, em maio. Segundo a Polícia Civil, o trio será ouvido novamente nesta semana para prestar esclarecimentos –após vídeo divulgado pelo jornal "Extra" mostrar o rapaz ser morto depois de rendido.
Nas imagens do dia 23 de maio, Alysson Fernando Silva de Lima, 23, levanta as mãos ao ser rendido pelos policiais da Core e no momento em que ele senta na calçada novos disparos são ouvidos, mas a câmera que filmava a ação abaixa e não é possível ver o que aconteceu.
No primeiro depoimento na delegacia, os policiais suspeitos registraram o caso como auto de resistência – morte decorrente de confronto. Na época, a Polícia Civil informou que a operação foi feita pela 16ª DP (Barra da Tijuca), com apoio da Core.
A incursão terminou, segundo a polícia, com a morte de Alysson Lima, apreensão de drogas, munição, cinco presos e dois menores apreendidos. Agora, policiais da própria 16ª DP (Barra) analisam as imagens que mostram o momento que Lima é morto.
Com Lima, os agentes disseram que apreenderam uma mochila com uma pistola, drogas e dinheiro. De acordo com as investigações, o morro do Banco foi invadido por traficantes que fugiram de favelas como Borel e Alemão, na zona norte, após implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A Folha tentou localizar parentes de Lima, mas ninguém foi encontrado.