Folha de S. Paulo


Promotoria apura suspeita de improbidade administrativa na Cohab

O Ministério Público Estadual abriu inquérito civil sobre irregularidades praticadas por funcionários da Cohab (Companhia Metropolitana de Habitação), que deixavam de dar expediente para atuar em atividades do PP (Partido Progressista).

A situação foi mostrada pela Folha no dia último dia 27. Nove funcionários foram punidos pela Prefeitura de São Paulo –três foram demitidos, quatro afastados sem salário e dois advertidos.

A Promotoria do Patrimônio Público e Social vai apurar suspeita de improbidade administrativa e dano ao erário público.

O órgão vai oficiar a Cohab e a CGM (Controladoria Geral do Município), que terão 20 dias para responder aos questionamentos.

Paralelamente a isso, corre uma apuração dentro da própria Cohab. Caso a investigação comprove as faltas dos quatro funcionários afastados para fazer atividades do partido, eles poderão ser demitidos.

A reportagem flagrou um dos funcionários, Fernando Martins Pizo, durante quatro dias seguidos trabalhando na sede do PP, na Bela Vista (região central), sempre no horário comercial.

Outros quatro funcionários também foram flagrados diversas vezes no local e no comitê de campanha a deputado federal de Guilherme Ribeiro.

Todos são indicações políticas de Paulo Maluf e do secretário-geral do partido, Jesse Ribeiro. Um genro, Marcus Oliveira Martins, e um cunhado de Ribeiro, Luiz Carlos Emídio, acabaram demitidos.

O filho de Ribeiro, Carlos Eduardo Ribeiro, está entre os investigados. Ele foi flagrado no partido, com um carro oficial e motorista pagos pela Cohab.

Após a reportagem, a Cohab também encaminhou uma mensagem aos funcionários informando sobre a conduta a se tomar em período de eleições.

Entre as proibições, está a de prestar serviços para partidos durante o horário de expediente e de utilizar equipamentos institucionais para este fim.

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