Folha de S. Paulo


Veja algumas perguntas e respostas sobre a crise da água em São Paulo

O baixo nível dos reservatórios paulistas têm preocupado o governo e a população desde o início do ano. O caso mais grave estava no sistema Cantareira, mas o uso de outras represas para diminuir a pressão sobre ele, também reduziu consideravelmente o volume de outros sistemas.

O Ministério Público Federal já recomendou ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) e à Sabesp que apresentem projetos para o imediato racionamento de água na região do Cantareira, para evitar um colapso de abastecimento. Nesta terça-feira (29), o nível do sistema Cantareira chegou a 15,7%.

Alckmin, porém, aguarda autorização dos órgãos reguladores para captar uma segunda cota, de 100 bilhões de litros, do chamado "volume morto" (reserva de água abaixo da linha de captação das represas). A Sabesp disse, em nota, que discorda do racionamento e que garante o abastecimento até a chegada da estação chuvosa.

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Veja algumas perguntas e respostas sobre o problema:

Por que a Sabesp reduz a pressão da água à noite?
A estatal diz que é para controlar perdas de água (causadas principalmente por vazamentos na rede), mas não explica porque uma redução da escala atual não foi feita antes da crise. Na prática, a medida restringe a quantidade de água que chega às casas

A redução da pressão é que faz faltar água?
A Sabesp diz que não e que as interrupções têm de ser tratadas caso a caso. No entanto, há relatos de cortes regulares no fornecimento, especialmente à noite, em todas as regiões de São Paulo

Em que bairros e em quais horários a pressão da água é reduzida?
A Sabesp não esclarece esses pontos. A Folha apurou que a redução na pressão é da ordem de 75% em toda a capital e que ela ocorre pelo menos desde abril. Mas é possível que cidades da região metropolitana também sofram restrições

A água está garantida até março de 2015?
Segundo o governo Geraldo Alckmin (PSDB) e a Sabesp, sim, mesmo que chova menos que o esperado. Essa previsão, porém, é refutada por especialistas e pelo governo federal, com base no rápido esvaziamento das represas. Simultaneamente, o governo paulista está pedindo autorização para retirar quantidades cada vez maiores de "volume morto" (reserva de água profunda das represas), o que sinaliza preocupação com o abastecimento


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