Folha de S. Paulo


Brasil passa a Rússia e tem a terceira maior população carcerária do mundo

O número de presos no país chegou a 715.655. Com isso, o Brasil passa a ter a terceira maior população carcerária do mundo. O dado foi divulgado nesta quinta-feira (5) pela CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e envolve detentos nas penitenciarias e em prisão domiciliar.

O ranking é liderado pelos Estados Unidos com 2.228.424 presos, seguido da China com 1.701.344.

O levantamento aponta também que são 147.937 presos em regime domiciliar em todo Brasil. Para reunir as informações, o CNJ consultou os juízes responsáveis pelo monitoramento do sistema carcerário dos 26 estados e do Distrito Federal.

A prisão domiciliar pode ser concedida pela Justiça a presos de qualquer um dos regimes de prisão -fechado, semiaberto e aberto.

Em geral, a prisão domiciliar é concedida a presos com problemas de saúde que não podem ser tratados na prisão ou quando não há unidade prisional própria para o cumprimento de determinado regime, como o semiaberto, por exemplo, com pena inferior a oito anos.

Também é possível ser submetido à pena em casa quando o acusado ainda aguarda julgamento em prisão provisória.

O sistema carcerário brasileiro tem capacidade para 357.219 presos, portanto, o deficit nacional é de 210.436 vagas. Se levar em consideração o número de prisões domiciliares, o déficit passa para 358 mil vagas.

O Estado com maior população carcerária é São Paulo, com 204.946 presos, seguido por Minas Gerais, com 57.498, e Rio de Janeiro, com 35.611. A menor população carcerária é de Roraima, com 1.676 presos.

Conforme o CNJ, o número atualizado de detentos coloca o Brasil como a terceira maior população carcerária do mundo, considerando informações do Centro Internacional de Estudos Prisionais, do King's College, de Londres. A Rússia que tem 676.400 presos ocupava a terceira posição do ranking.


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