Folha de S. Paulo


Parque Ibirapuera ganha painel que reproduz mata atlântica em SP

De olhos vendados, sentir a água gelada nas mãos, como se fosse de uma nascente da mata atlântica. Ao mesmo tempo, ouvir sons de macaco. Com pés descalços, pisar em folhas e sementes e ser transportado para outro ambiente.

Isso é o que acontece com os visitantes em um dos pavilhões do Viva a Mata 2014, evento para exaltar a importância da mata atlântica que começou ontem (23/5) no parque Ibirapuera (zona sul) e vai até amanhã (25/5).

"Sentir a floresta com sentidos é uma experiência muito legal", diz Charles Chu, 23.

Adriano Vizoni/Folhapress
O painel da marquise que representa a mata atlântica no Ibirapuera
O painel da marquise que representa a mata atlântica no Ibirapuera

O estudante resolveu aceitar o desafio de entrar no túnel dos sentidos da mata atlântica. "Gostei bastante, também porque nunca estive na mata atlântica de verdade", conta o paulistano.

A 10ª edição do Viva a Mata deixará um presente para o parque, justamente sobre o "personagem" principal.

Uma das paredes da marquise –sede anual da programação ambiental– ganhou um grande painel, que representa a floresta atlântica. Concebida pelo artista Alexandre Filiage, a obra ficará no parque, depois do evento.

BIOMA DE 'CASA'

Neste ano, o objetivo da ONG SOS Mata Atlântica, que promove o Viva a Mata, é fazer as pessoas perceberem, principalmente no caso de São Paulo, que elas moram na mata atlântica.

Afinal, antes da chegada dos portugueses, os índios que viviam na costa brasileira habitavam o bioma, que hoje está reduzido a menos de 10% de sua cobertura original, apesar de todos os esforços para preservá-lo.

Novos números sobre a sobrevivência da mata atlântica deverão ser divulgados na terça-feira (27), quando se comemora o dia nacional de um dos ecossistemas com mais riqueza de espécies de fauna e flora que existem.

AVES

Mas no Viva a Mata não só se sente e se percebe a floresta. Há muitas outras atrações, para adultos e crianças.

Uma diversão garantida, principalmente para os pequenos, é ir para casa com um chapéu que, na verdade, é uma cabeça de tubarão. Em um dos estandes da exposição, o trabalho é exatamente desmistificar o "peixão" como um dos grandes vilões dos mares.

Paralelamente a oficinas e exposições, o evento ambiental tem uma série de palestras, seminários técnicos e atrações culturais, para todas as idades. A programação é gratuita e sempre no Ibirapuera.

Para amanhã (25/5), quem quiser chegar cedo ao parque, às 8h, poderá participar de um passeio com ornitólogos. O objetivo é avistar as várias das espécies de pássaros que vivem no Ibirapuera. São mais de cem.


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