Folha de S. Paulo


Banheiro químico usado na Virada Cultural permite xixi ao ar livre

O xixi ao ar livre foi liberado na região do parque da Luz durante a Virada Cultural neste fim de semana. Não, a prefeitura não autorizou as pessoas a urinarem nas ruas.

Mas banheiros químicos diferentes instalados na região central permitiram que homens apertados fizessem as necessidades olhando a paisagem, e não cercados por portas plásticas de mictórios.

É assim: uma cabine de polietileno com apenas uma espécie de faixa "esconde" a visão da cintura. A região das nádegas fica protegida, mas o restante do corpo, à mostra.

Mulheres lançaram olhares curiosos aos que descarregavam os litros de cerveja sob frondosas árvores do parque, na frente de todos.

Anderson Prado/Folhapress
Homens usam mictórios nas proximidades da estação da Luz; cabines foram instaladas por causa da Virada Cultural
Homens usam mictórios próximos da estação da Luz; cabines foram instaladas por causa da Virada

Mas quem usou, gostou. "Achei muito confortável. O banheiro químico fechado é mais disputado, às vezes fica fila e demora mais. Já esse aqui não é todo mundo que usa", disse o costureiro Renê Zenteno, 42, que aproveitou os shows da Virada ontem.

Integrantes de um grupo de pagode, os amigos Pedro Tadeu, 26, Victor Vilas Boas, 21, e Luiz Miguel, 29, não só aprovaram a ideia como fotografaram uns aos outros na hora do xixi. "É engraçado, todo mundo vê, mas é prático", disse Tadeu.

Na madrugada, a Folha constatou que havia muita sujeira no entorno dos banheiros próximos aos palcos da Virada. Cerca de mil haviam sido instalados.

O site da fabricante Fla-Con diz que a cabine é uma solução para o problema do xixi nas ruas no Carnaval. A empresa fornece banheiros para eventos de rua e empresas.


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