Folha de S. Paulo


Nível do Cantareira chega a 8,6% a dois dias da retirada do volume morto

O nível do sistema Cantareira, que no domingo (11) ficou abaixo de 9% pela primeira vez, atingiu 8,6% de sua capacidade nesta terça-feira (13).

Em dois dias, o governo do Estado promete entregar as obras para utilização do chamado "volume morto" –reserva de água na zona mais funda das represas que, por ficar abaixo da tubulação que capta o líquido dos reservatórios, precisa ser bombeada para a superfície. Técnicos da Sabesp dizem que a obra elevará o nível do Cantareira em 18,5%.

Segundo o boletim técnico divulgado pela Sabesp, desde o início do mês choveu 0,6 mm na região –a média para maio é de 83,2 mm.

No atual ritmo de queda, a capacidade do Cantareira chegaria a 0% na última semana de junho, em plena Copa do Mundo. Na semana em questão, São Paulo receberá um jogo das oitavas-de-final do Mundial.

A cidade de São Paulo já está há quase 30 dias sem chuva significativa, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura. Previsões indicam chuvas de maior volume apenas a partir do próximo dia 20, por conta da passagem de mais uma frente fria pelo Estado.

O sistema Cantareira é responsável pelo abastecimento de parte da capital e de municípios da Grande São Paulo. No total, mais de 8 milhões de pessoas recebem água do Cantareira diariamente. O reservatório ainda atende municípios da região de Campinas, no interior do Estado.


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