Folha de S. Paulo


Com seca, federação orienta lojas a ampliar caixas-d'água

Pensando em um possível racionamento de água, a Fecomercio (Federação do Comércio de São Paulo) vem orientando os varejistas a ampliarem sua capacidade de armazenamento.

Ontem, o nível do sistema Cantareira tinha 8,8% de sua capacidade. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem negado que haverá rodízio, por causa do uso do volume morto (reserva de água do fundo das represas) .

Entre as alternativas apontadas pela Fecomercio estão a ampliação de caixas-d'água, instalação de poços artesianos e a reciclagem de água.

Vários shoppings já têm poços, como o Iguatemi, e outros estão passando a procurar a alternativa.

É o caso do shopping Pátio Paulista, que está em processo de pedido de autorização para a instalação de um poço.

"Dependendo do volume de água usado fica mais barato que a água da Sabesp", afirma o presidente do conselho de sustentabilidade da Fecomercio, José Goldemberg, que também dá aulas na área de energia e meio ambiente na USP.

Para os comércios menores, afirma ele, o investimento em um poço geralmente não compensa.

"A única coisa que podem fazer é aumentar a caixa para armazenar mais nos dias em que houver água", diz.

POÇOS

Desde março, por causa da falta de chuvas, o DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) suspendeu a análise de novos pedidos de instalação de poços artesianos na região do sistema Cantareira. Por enquanto, não há restrições a outras áreas -o órgão tem usuários cadastrados em 16,6 mil cursos de água.

Flávia Mayer, da empresa São Paulo Poços, afirma que a perfuração de um poço de 80 metros de profundidade custa cerca de R$ 30 mil.


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