Folha de S. Paulo


Garis fazem protesto no centro de Fortaleza e interrompem trânsito

Garis de Fortaleza promoveram uma manifestação que interrompeu o trânsito em áreas do centro da cidade por cerca de duas horas na manhã desta quinta-feira (8). A categoria estimou em 600 o número de participantes no ato.

Trabalhadores da Emlurb (Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização) estão em greve desde o dia 23 de abril e reivindicam melhores condições de trabalho, além de reposição de perdas da inflação e concurso público para novas contratações.

"Dinheiro para gastar na Copa a prefeitura tem, mas na hora de cortar os gastos vai direto nos trabalhadores", disse Nacélia Silva, presidente do Sindfort (Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Fortaleza).

Na última sexta-feira (2) houve uma rodada de negociação entre a gestão Roberto Claudio (Pros) e trabalhadores para tentar pôr fim à paralisação, mas não houve acordo.

Na próxima quinta-feira (15) prefeitura e sindicato deverão ter novo encontro. A negociação desta vez será mediada pelo Ministério Público do Trabalho, que recebeu representação dos garis reclamando das condições de trabalho.

Os trabalhadores da limpeza na capital cearense recebem um salário mínimo mensal (R$ 724) por uma jornada de seis horas diárias. Ainda são acrescidos 40% sobre o vencimento como adicional de insalubridade.

OUTRO LADO

Em nota, a Prefeitura de Fortaleza reconheceu problemas nas condições de trabalho na Emlurb, disse que eles "não são recentes" e que "a gestão vai empreender esforços para dar solução".

A administração se comprometeu também a regularizar o fornecimento de leite para os trabalhadores em 45 dias, quando uma nova empresa será contratada, por licitação.

Sobre os reajustes salariais, disse que vai analisar a situação dos trabalhadores para tentar readequar os valores.


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