Folha de S. Paulo


Ativistas, estudantes e políticos dão 'abraço' no sistema Cantareira

Cerca de 400 pessoas se reuniram ontem ao redor da represa Jaguari-Jacareí, em Piracaia (a 99 km de São Paulo), para dar um "abraço" no sistema Cantareira.

Ativistas, estudantes e políticos locais participaram do ato organizado pelo PCJ -consórcio das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que reúne prefeituras, empresas e entidades da região de Campinas e Piracicaba.

A represa é a maior e, atualmente, a mais seca do Cantareira. Ontem, a Jaguari-Jacareí tinha 3,7% de sua capacidade, enquanto o sistema inteiro, 11,6%.

O PCJ divulgou um manifesto com 39 reivindicações, entre elas a "redução drástica do consumo de água" e o decreto de "calamidade pública" nas bacias da região.

Moacyr Lopes Junior/Folhapress
Ativistas, estudantes e políticos se reúnem para dar 'abraço' no sistema Cantareira
Ativistas, estudantes e políticos se reúnem para dar 'abraço' no sistema Cantareira

"O racionamento é inevitável e temos dito isso desde dezembro", diz José Cezar Saad, coordenador do PCJ. Segundo ele, mais de 3 milhões de pessoas são abastecidas pelo Cantareira no interior paulista.

"A água distribuída à nossa região diminuiu pela metade e está afetando nossa indústria", diz Saad.

O PCJ tem feito oposição aberta à Sabesp, acusando-a de não reduzir a dependência da Grande SP em relação ao Cantareira e de retirar mais água do que os rios que atendem o sistema suportam.

A empresa afirma seguir as determinações dos órgãos reguladores e investir "de forma contínua e planejada" no fornecimento de água.


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