Folha de S. Paulo


Marcha da maconha pretende fechar hoje a avenida Paulista, em SP

A Marcha da Maconha, que pede a legalização da droga, acontece hoje à tarde em São Paulo. A concentração será às 14h no vão-livre do Masp, na avenida Paulista.

Os organizadores pretendem fechar todas as faixas da via, na região central de São Paulo, e seguir até a praça Roosevelt, onde a marcha será encerrada. O trajeto do protesto será definido na hora.

Neste ano, a organização não comunicou a Polícia Militar sobre o ato, afirmando que os próprios participantes farão um cordão de segurança e isolamento.

A PM, no entanto, diz que estará presente, pois afirma que a segurança pública é sua competência. Ano passado, a marcha terminou em confronto de PMs e manifestantes.

Uma das organizadoras, a jornalista Gabriela Moncau, 24, diz que as pessoas têm o direito de ocupar as ruas sem ser "tuteada pela polícia".

Gabriela diz que a intenção de não chamar a PM é para evitar confrontos no ato, que ela afirma ser pacífico.

Até ontem à tarde, mais de 11 mil pessoas haviam confirmado presença na página da marcha no Facebook. No ano passado, os organizadores disseram ter reunido 10 mil participantes. A PM, no entanto, afirmou na época que apenas mil participaram.

A organização pede que nenhum participante leve substâncias ilícitas. A PM informou que quem for flagrado fumando maconha ou portando qualquer outro tipo de droga será detido.

A primeira marcha em São Paulo foi realizada em 2008, no parque Ibirapuera.

Até 2011, os atos eram proibidos pelo Tribunal de Justiça sob a justificativa de que fazia apologia às drogas.

Os manifestantes, no entanto, foram às ruas, mas marcharam pelo direito à livre expressão. O Supremo Tribunal Federal, então, liberou os atos, avaliando que sua proibição infringia o direito à liberdade de expressão.


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