Folha de S. Paulo


PM reforça segurança no Pavão-Pavãozinho, no Rio, após morte de dançarino

A Polícia Militar reforça a segurança no morro Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, zona sul do Rio, desde a noite de terça-feira (22) - após a morte do dançarino do programa "Esquenta" da TV Globo Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG.

O jovem foi encontrado morto nos fundos de uma creche após confronto entre criminosos e policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) local.

Policiais civis da 13ª DP (Copacabana) investigam se o dançarino foi torturado até a morte. Moradores dizem que ele tinha ferimentos espalhados pelo corpo e foi atingido por um tiro.

Logo depois do corpo do dançarino ser encontrado, moradores iniciaram protestos violentos pelas ruas de Copacabana. Eles fizeram barricadas com pedras e paus e atearam fogo em objetos e num carro. Houve novo confronto com PMs e outro rapaz identificado como Edilson da Silva dos Santos, 27, levou um tiro na cabeça e morreu antes de chegar no hospital.

Reprodução/Facebook
Dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG; morte provocou protestos em comunidade no Rio
Dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, conhecido como DG; morte provocou protestos em comunidade no Rio

O clima era tenso na região. Tiros eram ouvidos a todo o momento. O tumulto se estendeu por duas das principais ruas do bairro e o comércio fechou as portas.

A avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma das principais vias da zona sul, foi fechada antes das 18h. O Batalhão de Choque cercou a entrada do Pavão-Pavãozinho e dezenas de moradores atiraram pedras contra PMs. Os Batalhões de Operações Especiais (Bope) também reforçaram o policiamento.

A mãe de Douglas Pereira deve prestar depoimento nesta quarta-feira na delegacia. O corpo do jovem deve ser enterrado nesta quinta-feira, às 15h, no cemitério São João Batista, em Botafogo, também na zona sul. Não há informações sobre o enterro do corpo do outro rapaz.


Endereço da página:

Links no texto: