Folha de S. Paulo


Corpo esquartejado em Higienópolis era de motorista, aponta IML

As partes de um corpo encontradas no final do mês passado em três pontos de Higienópolis e na praça da Sé são mesmo do motorista de ônibus Álvaro Pedroso, 55. É o que aponta um exame de DNA feito por peritos do Instituto Médico Legal.

O teste concluiu que o material genético dos parentes de Pedroso é compatível com o da vítima esquartejada.

O exame ficou pronto ontem e está com delegados do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). O departamento não se pronunciou sobre o caso porque as investigações estão em segredo de Justiça.

A dona de casa Maria Eli do Nascimento Pedroso, de 50 anos, disse à reportagem que tinha plena convicção de que o corpo esquartejado era de seu marido. "Sempre tive essa certeza. Ele não costumava sair e ficar fora sem avisar", afirmou.

Editoria de Arte/Folhapress

A família de Pedroso sabe que ele saiu de casa às 15h30 do último dia 22 para se encontrar com uma amante, que é prostituta.

Ela é suspeita de encomendar a morte de Pedroso. Seu retrato falado já está no DHPP. A imagem foi feita com a ajuda de um taxista que a levou para um hotel na região central um dia depois de a vítima desaparecer.

A amante do motorista foi filmada por câmeras de segurança nesse mesmo dia, ao lado de duas amigas, empurrando um carrinho de feira.

Segundo o DHPP, o carrinho é igual ao usado pelo morador de rua João Eduardo Jerônimo. Ele foi preso no último dia 4 sob a suspeita de ter recebido R$ 30 de um homem em um carro para espalhar sacos plásticos. Jerônimo disse à polícia que não sabia que dentro dos sacos havia partes do corpo de Pedroso.

Joel Silva/Folhapress
Cabeça humana foi deixada em saco plástico verde na praça da Sé; polícia ainda não tem suspeitos
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