Folha de S. Paulo


Pai nega participação em morte de menino de 11 anos no RS, diz advogado

O pai do garoto de 11 anos encontrado morto no Rio Grande do Sul se diz inocente e está disposto a lutar para provar que não teve participação no crime, segundo um advogado que assumiu provisoriamente o caso.

O advogado Andrigo Rebelato, 36, é primo de Leandro Boldrini, 38, suspeito de participação na morte do filho Bernardo, 11. Os dois se reuniram na prisão para discutir detalhes da defesa.

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Bernardo, 11, encontrado morto em matagal no RS; pai nega envolvimento no crime
Menino Bernardo, 11, foi encontrado morto em matagal no RS; pai nega envolvimento no crime

Boldrini foi preso na segunda-feira (14) junto com a madrasta do menino, Graciele Ugolini, e uma amiga dela, a assistente social Edelvania Wirganovicz, sob suspeita de envolvimento no assassinato da criança.

O corpo do menino foi encontrado em um matagal no município de Frederico Westphalen (a 447 km de Porto Alegre). A família morava em Três Passos, cidade vizinha.

"Ele [Boldrini] nega as acusações, todas. Ele não sabia de nada. Fomos objetivos [na conversa] para saber o que fazer daqui para frente", disse o advogado à Folha.

Ele contou ainda que o pai do garoto está "visivelmente abalado", mas está "encorajado a se defender". Segundo o advogado, Boldrini "não quer nenhuma vinculação" com a mulher presa e a amiga, mas não entrou em detalhes na conversa sobre as suspeitas levantadas pela polícia contra elas.

Rebelato disse também ter receio de que as suspeitas deixem um estrago permanente na vida do pai de Bernardo mesmo após a reconsideração das acusações.

O advogado mora em Porto Alegre e disse que foi chamado para ajudar o primo por familiares. Ele obteve uma procuração e deve representar o suspeito até que um outro advogado seja contratado.

Ele não vai atuar na defesa das mulheres presas e ainda não teve acesso aos autos do inquérito sobre o crime.

A Polícia Civil ainda não concluiu a investigação sobre o caso. A delegada responsável, Caroline Machado, já disse não ter dúvidas do envolvimento dos três suspeitos na morte, mas afirmou que ainda falta esclarecer de que forma cada um participou.


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