Folha de S. Paulo


Nível do sistema Cantareira continua em queda e bate novo recorde

O sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de água de parte da região metropolitana de São Paulo, continua a bater recordes negativos. Mesmo com a chuva e com a redução da captação do reservatório, o nível dele chegou a 15,2% neste domingo, o mais baixo da história.

Segundo dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado), o Cantareira havia registrado uma pequena elevação do seu volume no domingo passado, mas depois disso só registrou queda. Para se ter uma ideia, em 16 de março do ano passado, o nível do reservatório era de 58,7%.

O complexo de represas do Cantareira é considerado um dos maiores sistemas de abastecimento do mundo. Somente na Grande São Paulo, ele produz 30 mil litros de água por segundo para abastecer 8,8 milhões de pessoas.

Jorge Araujo/Folhapress
Sistema Cantareira opera no limite por conta da falta de chuva; índice é histórico
Sistema Cantareira opera no limite por conta da falta de chuva; índice é histórico

Como a Folha mostrou na última sexta-feira, o governo paulista vai precisar construir represas equivalentes a dois novos sistemas Cantareira até 2035 para que grande parte do Estado não fique sem água -principalmente as zonas metropolitanas da capital, Campinas e Baixada Santista.

Desde a semana passada, o governo de São Paulo reduziu a vazão do Cantareira para não esgotar o manancial. Para compensar a medida, nove bairros paulistanos deixaram de ser abastecidos pelo sistema e passaram a receber água dos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê, totalizando 1,6 milhão de usuários.

A presidente da Sabesp, Dilma Pena, também afirmou que vai ampliar o período de aplicação do desconto de 30% na conta de moradores abastecidos pelo sistema Cantareira que conseguirem diminuir em pelo menos 20% o uso médio de água dos últimos 12 meses.


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