Folha de S. Paulo


Prefeito acusado de pedofilia é afastado do cargo no Amazonas

A Justiça do Amazonas afastou Adail Pinheiro (PRP) do cargo de prefeito de Coari (a 363 km de Manaus). Ele está preso em Manaus desde o dia 8 de fevereiro acusado de chefiar uma rede de exploração sexual de crianças.

Além de Pinheiro, outros cinco servidores municipais de Coari também foram afastados, todos suspeitos de colaboração com a rede -eles também estão detidos na capital. A decisão de afastamento dos cargos, em caráter cautelar, foi proferida após pedido do Ministério Público Estadual.

"Era necessário afastar o poder de mando dele e dos outros funcionários para que não pudessem contaminar provas e continuar com suas práticas criminosas e de intimidação", disse o procurador-geral de Justiça, Francisco Cruz, autor do pedido.

Segundo o Tribunal de Justiça, Pinheiro é alvo de cinco processos de crimes sexuais envolvendo crianças e adolescentes. Ele nega as acusações.

Ontem, em Brasília, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) adiou o julgamento de dois recursos que pedem a cassação do político. O Ministério Público, neste caso, com base na lei da Ficha Limpa, acusa Pinheiro de abuso de poder político e econômico e improbidade administrativa.

"Pretendemos conseguir a condenação e a inelegibilidade dele. É um rosário: ele responde por mais de 50 processos", disse o procurador-geral.

A Folha tentou contato com o advogado de Pinheiro, sem sucesso.


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