O reservatório do Cantareira atingiu hoje o seu menor volume útil desde que foi criado, em 1974. Com 15,7%, o Cantareira perdeu 0,1 ponto percentual de sua capacidade em um dia. Para se ter uma ideia, há um ano, o nível do reservatório era de 58,1%.
O índice caiu, apesar da redução da vazão do reservatório, autorizada pelo governo do Estado para não esgotar o manancial.
Para compensar a medida, desde a última segunda-feira nove bairros paulistanos deixaram de ser abastecidos pelo Cantareira e passaram a receber água dos sistemas Guarapiranga e Alto Tietê, totalizando 1,6 milhão de usuários.
Jorge Araujo/Folhapress |
Sistema Cantareira opera no limite por conta da falta de chuva; índice é histórico |
Ontem, a presidente da Sabesp, Dilma Pena, afirmou ainda que vai ampliar o período de aplicação do desconto de 30% na conta de moradores que conseguirem reduzir o consumo de água.
Concedido a usuários abastecidos pelo sistema Cantareira que conseguirem diminuir em pelo menos 20% o uso médio de água dos últimos 12 meses, o bônus terminaria em setembro. Agora, vai valer até dezembro.
Além da redução do consumo da água pela população e do remanejamento de recursos de outros reservatórios, o governo estadual aposta na volta das chuvas para afastar a possibilidade de racionamento.
Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a previsão do tempo é de fortes pancadas de chuva, com raios e ventanias em quase todo o Estado entre hoje e amanhã.