Folha de S. Paulo


Vazão de água para a região de Campinas será reduzida em 25%

Assim como a Grande São Paulo, Campinas (a 93 km da capital) também deve receber menos água do sistema Cantareira.

A redução para a região de Campinas, terceira maior cidade do Estado, será ainda maior, de 25%. A informação foi confirmada na tarde desta quinta-feira (6) pelo DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) do Estado.

Operado pela Sabesp, o sistema Cantareira abastece diretamente 8,8 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo e indiretamente 5,5 milhões no interior.

Com a escassez de chuvas nos reservatórios que formam o Cantareira, o volume armazenado no sistema está hoje em apenas 16%, o menor patamar desde que foi criado, em 1974. No mesmo período do ano passado, estava com 57% da capacidade. Em 2012, tinha 76%, e, em 2011, chegou a 89%.

Para evitar o colapso do sistema, que nesta época do ano deveria estar recuperando o volume armazenado para enfrentar a falta de chuvas do inverno, um comitê de crise recomendou ao governo do Estado que diminuísse a vazão de água de 31 m3/s para 27,9 m3/s para a Grande São Paulo e de 4 m3/s para 3 m3/s para a região de Campinas.

CAMPINAS

Apesar da redução, não há risco imediato de racionamento em Campinas, segundo a Sanasa (empresa municipal de água e esgoto).

O rio Atibaia, que recebe água do Cantareira e abastece 95% de Campinas, estava hoje com 15 m3/s de vazão -um terço da média histórica de 45 m3/s para o período.

O valor, no entanto, é muito maior que os 3,4 m3/s registrados em 13 de fevereiro, quando a cidade esteve à beira do racionamento e a Sanasa foi autuada por captar toda a água do rio e interromper totalmente seu fluxo.

RACIONAMENTO

Pelo menos 725 mil pessoas seguem afetadas pelo racionamento de água em diversas cidades do Estado de São Paulo.

Altinópolis, Casa Branca, Cosmópolis, Cravinhos, Guarulhos (parte da cidade abastecida pelo sistema Alto Tietê), Itu, Santo Antônio de Posse, Valinhos e Vinhedo estão em racionamento desde o início de fevereiro.

O número de cidades afetadas, no entanto, caiu de 17 para 9 em cerca de um mês.

Nesse período, Aguaí, Batatais, Bebedouro, Pitangueiras, Santa Rita do Passa Quatro, São Pedro, Serrana e Tambaú normalizaram o abastecimento, segundo as prefeituras, devido às chuvas e à recuperação dos reservatórios locais.


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