Folha de S. Paulo


Paes chama gari que impede coleta de lixo de 'marginal' e promete escolta

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), classificou como "marginais e delinquentes" aqueles garis, que, segundo ele, ameaçam colegas e os impedem de trabalhar.

Nesta quarta-feira, três garis em greve, foram presos pelo crime de atentado contra a liberdade de trabalho. Eles são suspeitos de impedir que colegas realizassem a limpeza de praias.

Após as detenções, o prefeito disse que vai colocar seguranças para fazer a escolta de veículos e garis pelo tempo que durar a greve. PM e seguranças particulares fazem a escolta.

Paes disse ainda que é "inaceitável" e "criminosa" a coação, até armada, de garis -categoria cuja maioria "quer trabalhar", segundo o prefeito.

Ainda de acordo com Paes, a categoria foi a que mais recebeu aumento dentre todas as da prefeitura. "A maioria está batendo ponto. Se não, teria de demitir mais de 300", disse.

O anúncio das demissões foi feita após o grupo não se apresentara ao trabalho após a Justiça decretar a ilegalidade do movimento, que está em greve desde o último sábado (1º).

Os funcionários que retornarem ao trabalho a partir desta quinta-feira serão readmitidos, segundo acordo fechado com o Ministério Público.

Na tarde de hoje, porém, a categoria decidiu manter a paralisação, apesar da determinação da Justiça do Trabalho de que voltem imediatamente às suas funções, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 50 mil.

Com isso, o lixo se acumula nas ruas da cidade. A situação é pior nas áreas por onde passaram blocos carnavalescos, como na orla da zona sul, nas pistas do Aterro do Flamengo e na avenida Rio Branco, no centro.


Endereço da página: