O nível das represas que compõem o sistema Cantareira voltou a cair e atingiu, nesta terça-feira, o índice de 16,9%. Segundo a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), essa é a menor marca registrada na história.
Segundo a companhia, o sistema registrou nos primeiros 21 dias do mês de fevereiro 48,7 mm de chuva, o que corresponde a apenas 24% da média histórica para o mês de fevereiro. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) aponta possibilidade de chuva para os próximos dias, mas de forma rápida e isolada no oeste do Estado.
Em 21 de fevereiro do ano passado, o sistema Cantareira registrava 56,8% de seu volume armazenado. Nos anos anteriores o índice era ainda maior: 76,5% em 2012, 87,2% em 2011 e 95,1% em 2010.
Moacyr Lopes Junior/Folhapress | ||
Técnico monitora nível baixo de represa do sistema Cantareira na Grande São Paulo |
O sistema é o maior da Grande São Paulo e abastece as regiões norte e central e parte das zonas leste e oeste da capital, além dos municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba e São Caetano do Sul, mais parte de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André.
A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) ainda descarta a possibilidade de um racionamento no Estado.
Para tentar diminuir o problema e evitar racionamento, o governo estadual lançou um programa que prevê desconto em troca da redução de 20% no consumo de água.
Segundo a Sabesp, na primeira semana em que o desconto passou a valer, entre os dias 2 e 9 de fevereiro, 302 milhões de litros de água foram poupados no sistema Cantareira -volume suficiente para abastecer 120 piscinas olímpicas.