A moda dos "selfies" -autorretratos feitos, geralmente, com a câmera do celular-, pode acabar ajudando a polícia na investigação de um roubo na Vila Madalena, na zona oeste de São Paulo.
Os três homens que roubaram o celular do publicitário Guilherme Retz, 26, enviaram, sem querer, fotos de si próprios para um serviço on-line que a vítima usa para guardar arquivos. As imagens agora estão com a polícia.
Retz foi roubado ao sair do trabalho na noite de sexta-feira passada, na travessa Tim Maia, perto do metrô. "Um deles estava com a mão embaixo da camisa. Não sei se estava armado de fato, mas não arrisquei", diz Retz.
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| Adolescente usa celular roubado de publicitário para fotografar a si mesmo e envia imagens para a vítima |
Os ladrões -aparentemente menores de idade- fugiram correndo levando o smartphone da vítima, um Galaxy S3. O publicitário foi na mesma noite registrar ocorrência na delegacia.
Dois dias depois, ao entrar em sua conta no Dropbox -uma espécie de porta-arquivos on-line- Retz teve uma surpresa: encontrou oito fotos tiradas pelos ladrões. "Selfies" clássicos, com poses e sorrisos.
Com o aplicativo do Dropbox, as imagens feitas no celular de Retz vão instantaneamente para uma "nuvem" na internet, que ele pode acessar de outros aparelhos. "É um site que uso para guardar fotos e músicas", diz.
Os assaltantes não sabiam da ferramenta e enviaram as fotos sem querer."Uma das imagens foi feita numa festa", conta o publicitário, que reconheceu os ladrões. "Roubaram para tirar uma onda, para usá-lo, tanto que não venderam o celular", diz.
Ontem à tarde, com um CD com as fotos na mão, Retz aguardava na delegacia um dos investigadores que cuidavam de seu caso. Queria mostrar as fotos e ajudar na apuração do roubo.
A Polícia Civil afirma que vai tentar identificar os suspeitos com alguém que os conheça e, depois, indiciar os jovens.