Folha de S. Paulo


Em caso de pane, Sabesp terá multa diária de R$ 50 mil em Guarujá

Por determinação da Justiça, a Sabesp está obrigada a pagar uma multa diária de R$ 50 mil à Prefeitura de Guarujá (litoral de SP) caso não resolva problemas no fornecimento de água no prazo de até 24 horas.

A decisão que manteve a liminar a favor da prefeitura foi tomada após algumas áreas ficarem até oito dias sem água no começo do ano e às vésperas do Carnaval.

Nesse feriado, cidades do litoral paulista costumam mais do que dobrar sua população e há queixas frequentes de abastecimento.

No início de janeiro, uma pane elétrica deixou vários turistas frustrados, principalmente na praia da Enseada.

O governo, na época, creditou ao forte calor o alto consumo registrado na Baixada Santista, quando a demanda média subiu dos ideais 150 litros diários por pessoa para 350 litros ao dia.

Com muita gente precisando de água, mais a pane elétrica em uma das estações da cidade, o sistema demorou muito para ser totalmente normalizado.

Desde a crise do início do ano, a Prefeitura de Guarujá e a Sabesp estão em confronto na Justiça paulista.

O Ministério Público, por meio da Promotoria de Defesa do Consumidor de Guarujá, deu parecer favorável à prefeitura sobre a ação civil pública que ela montou.

Segundo análise dos promotores, "a manutenção precária do sistema e a ausência de efetivas ações para dar cumprimento às obrigações previstas no Código de Defesa do Consumidor demonstram de forma inequívoca a negligência da Sabesp".

Assim como ocorre com os mananciais da Grande São Paulo, todos os rios que abastecem as cidades da Baixada Santista, até o fim de semana, estavam também com as suas vazões reduzidas.

As chuvas dos últimos dias, segundo a Sabesp, reverteram a situação dos rios.

A Sabesp, que, procurada ontem pela reportagem não comentou a manutenção da liminar a favor de Guarujá, divulgou alertas, no início do mês, para que a população economize água.

Cantareira

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) voltou a afirmar ontem, em um evento em Carapicuíba, que o racionamento de água na Grande São Paulo está "totalmente descartado por enquanto".

De acordo com os números divulgados, a população responde bem à campanha de dar descontos na conta para quem economizar água.

Segundo Alckmin, o que está sendo economizado por segundo dá para abastecer uma cidade do tamanho de Osasco, que tem 660 mil pessoas.


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