Folha de S. Paulo


Vizinhos tentaram impedir pai de pular com o filho do 13º andar de prédio

Vizinhos tentaram impedir o professor Edemir de Mattos, 52, de pular com o filho de seis anos do apartamento da família, em Osasco (Grande SP). Depois de brigar com a mulher, Mattos pegou o filho no colo e pulou do 13º andar. Os dois morreram na hora.

Um vizinho tentou conter o suicídio do homem cortando a tela de proteção do seu apartamento. "Não chega perto senão ou vou pular", dizia Mattos. Testemunhas chegaram a relatar que o menino gritava 'não pai, não pai'.

Outros vizinhos tentaram entrar no apartamento, porém, não conseguiram pois a porta estava trancada.

De acordo com o relato de Célia à polícia, durante a briga ele dizia que ia sumir com a criança ou se mataria junto com ela. Mattos cortou a tela de proteção e começou a ameaçar pular com o menino.

Uma faca foi apreendida. A causa da briga entre o casal não foi revelada.

As testemunhas ouvidas no 5°DP da cidade, onde o caso foi registrado como lesão corporal, homicídio e suicídio, disseram que ouviram uma discussão entre Edemir e a mulher, Célia Pesquero, 49, por volta das 22h desta segunda-feira (17). Segundo a polícia, ele chegou a agredi-la com um soco no rosto que fraturou o maxilar da professora.

Segundo vizinhos, Mattos tinha um histórico de agressividade contra sua mulher. Os dois eram casados havia sete anos e as brigas eram frequentes, segundo conhecidos do casal.

O garoto e o homem morreram no local. O menino fez aniversário no último sábado e uma festa foi organizada em um buffet infantil na cidade.

Na manhã desta terça-feira (18), a movimentação no prédio onde aconteceu o suicídio era grande. Vizinhos comentavam sobre crime e crianças que conheciam o garoto choravam.

O síndico e a Polícia Civil instruíram os moradores a não dar declarações sobre o caso à imprensa. Segundo a polícia, Célia foi encaminhada para o hospital Giglio, no centro de Osasco, onde permanece internada.


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