A forte chuva que atingiu ontem (14) São Paulo provocando alagamentos em vários pontos da cidade não mudou a situação do sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de 9,8 milhões de pessoas na região metropolitana.
De acordo com a Sabesp (companhia estadual de abastecimento), o volume de água armazenado nas represas é de 18,6% da sua capacidade. Níveis abaixo dos 20% configuram situação extrema. Antigamente, volumes abaixo dessa marca nem contavam na medição, por serem considerados uma espécie de reserva do sistema.
Para aliviar a situação dos reservatórios, as chuvas precisam atingir as represas que ficam na divisa entre São Paulo e Minas Gerais.
A companhia atribui a situação crítica das represas aos níveis de chuva e de calor distantes das médias históricas. Janeiro foi o mês mais quente desde o início dos registros, e teve menos de um terço da média de chuvas.
Mesmo com as chuvas que devem começar a se intensificar no fim de fevereiro e atingir maior volume em março, os reservatórios do sistema Cantareira devem estar em situação crítica em abril, no começo do período de seca. Segundo a previsão, os reservatórios devem estar na temporada de seca operando com entre 35% e 40% de sua capacidade.
A Sabesp e o governo estadual tem monitorado os resultados do programa de economia lançado neste mês e que prevê desconto em troca da redução de 20% no consumo de água. A adesão tem sido considerada "satisfatória", embora seja cedo para mensurar os impactos no sistema de abastecimento.
Confira recomendações da Sabesp para economizar água:
- Tome banhos rápidos;
- Não lave carros e calçadas com a mangueira;
- Ensaboe toda a louça antes de enxaguar