Folha de S. Paulo


É preciso apressar destruição de arma armazenada, diz especialista

Entidades de estudo da violência e especialistas em segurança pública defendem a destruição de armas armazenadas o mais rápido possível.

Estudo do Instituto Sou da Paz, publicado em 2013, diz haver uma "epidemia" de furto de armas em fóruns do país.

"É uma prova judicial que fica guardada, mas que representa um enorme risco, porque são muitas armas e com controles muito frágeis", diz Renato Sérgio de Lima, conselheiro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Segundo ele, a recomendação ao Judiciário que, além de aperfeiçoar os mecanismos de segurança, faça parcerias com a polícia, responsável pelas perícias, e com as Forças Armadas, encarregadas de destruir as armas, para agilizar sua inutilização.

"Podem ser criados mecanismos de uma ou duas perícias para ter prova e contraprova e, na sequência, destruir a arma. Não precisa ficar armazenada", diz Lima.

A opinião é semelhante à do especialista em segurança pública Guaracy Mingardi.

"Não faz sentido estocar armas relacionadas a crimes", diz. "Criminosos estão interessados em armas. É obvio pensarmos que elas acabam nas mãos do crime novamente."

Resolução do Conselho Nacional de Justiça, de 2011, diz que os tribunais devem adotar medidas para que os processos não sejam arquivados sem que haja destinação às armas associadas a eles.
Em dezembro de 2010, levantamento do CNJ apontou a existência de 755 mil armas em fóruns do país.


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