Folha de S. Paulo


Renato Ribeiro Pompeu (1941-2014) - Jornalista em vários formatos

Em 2008, ao responder sobre quais conselhos daria a um jornalista iniciante, o jornalista e escritor paulista Renato Ribeiro Pompeu recomendou abandonar imediatamente a profissão.

Em caso de insistência, disse ele à publicação "Observatório da Imprensa", o melhor é se estabelecer de forma independente na internet. "Se isso também não foi possível, procurar manter a dignidade profissional e preparar-se para uma vida de sacrifícios."

Ao longo de uma carreira iniciada em 1960 e que durou até a véspera de sua morte, o incansável Pompeu seguiu um pouco de cada um desses conselhos.

Trabalhou em diversos meios de comunicação, entre os quais a Folha, a revista "Veja" e o "Jornal da Tarde". Ganhou um Prêmio Esso de Jornalismo.

Quando não estava numa redação, Pompeu se dedicava a escrever livros. Foram ao todo 22 obras, incluindo os romances "Quatro-Olhos" (1976) e "Samba-Enredo" (1992) e a biografia "Canhoteiro, o Homem que Driblou a Glória" (2002).

Desde 2009, Pompeu também mantinha o blog do Renatão, onde publicou pela última vez anteontem, sobre a importância da obra da antropóloga e primeira-dama Ruth Cardoso.

Horas depois, ele se sentiu mal e foi internado em um hospital de São Paulo. Renato Ribeiro Pompeu morreu ontem de manhã aos 72 anos, após uma parada cardíaca. Solteiro, ele não deixa filhos.

coluna.obituario@uol.com.br


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