Presos estrangeiros promoveram um motim nesta segunda-feira (13) na penitenciária de Itaí (a 287 km de São Paulo).
A rebelião começou por volta das 11h, quando presos desmontaram camas de concreto e, com elas, derrubaram os portões das celas. Os detidos também atearam fogo a colchões.
Segundo um agente penitenciário que trabalha no local, os detentos destruíram os quatro pavilhões da unidade, incluindo a cozinha, a enfermaria e as oficinas de trabalhos. "Só deixaram em pé a biblioteca", disse o funcionário.
Segundo o agente, os presos se rebelaram pois estariam "descontentes com a disciplina" da penitenciária.
A penitenciária de Itaí tem capacidade para 792 presos, mas segundo dados da Secretaria de Administração Penitenciária, abriga 1.321 detentos. O presídio é voltado para a detenção de presos estrangeiros –a maioria cumpre pena por tráfico de drogas.
O motim foi contido pelo Grupo de Intervenção Rápida, da Secretaria da Administração Penitenciária, com reforço da Polícia Militar.
No início da noite, a situação já estava controlada, mas o reforço da PM permaneceria no local até que todas as celas fossem reconstituídas.
Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária afirmou que a depredação da unidade ocorreu após os agentes penitenciários frustrarem uma tentativa de fuga de presos da unidade.
De acordo com a pasta, a ordem foi restabelecida e não houve reféns nem feridos.