Odele Souza, mãe da jovem que vive há 16 anos em coma desde que teve os cabelos sugados em um ralo, e a ONG Avaaz, especializada em petições on-line, iniciaram uma campanha na internet pedindo a aprovação de projeto de lei que garanta mais segurança nas piscinas no país.
Na primeira semana deste ano, três crianças morreram no país após terem sido sugadas pelos ralos das piscinas onde brincavam. Outra garota chegou a ser sugada em piscina de um clube em Salvador (BA), mas sobreviveu.
Há 16 anos, mãe cuida da filha em coma após ser sugada em piscina
Menina morre após ter cabelo sugado por ralo de piscina no ES
Menino morre após ser sugado em piscina de condomínio em GO
Menina morre após ter cabelo sugado em piscina de clube em MG
O objetivo da campanha é chegar a 1 milhão de assinaturas e encaminhá-las ao Congresso Nacional. Odele faz parte de uma comissão que tenta tornar lei as normas de segurança da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para as piscinas.
PROJETO DE LEI
Há um projeto de lei parado no Congresso desde 2010. O relator do projeto, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), afirma que até o fim de fevereiro ele será votado na na comissão de seguridade e, em março, vai à plenário.
"Após o acidente ocorrido com minha filha, em 1998, constatei que os acidentes causados pelos sistemas de sucção das piscinas continuaram a causar tragédias em vários Estados brasileiros", diz Odele, que mantém um blog dedicado à filha desde 2007.
Segundo ela, após a criação do blog, vários projetos de lei para segurança nas piscinas começaram a tramitar no Congresso, mas nenhum deles mencionava a sucção dos ralos.
Em 2011, ela se juntou a dois peritos e propuseram um adendo a um dos projetos, de autoria do deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR).
O novo texto prevê a obrigatoriedade das piscinas terem dispositivos de segurança que evitam a sucção dos ralos, além de cercas de proteção e portões auto-travantes para evitar acesso de crianças menores às piscinas.